Tabagismo: profissionais são capacitados

Tabagismo: profissionais são capacitados

Capacitação sobre Abordagem e Tratamento do Tabagismo

(Foto: Ilustrativa/Portal Infonet)

A Coordenação Estadual do Programa de Controle do Tabagismo da Secretaria de Estado da Saúde (SES) realizou uma capacitação sobre Abordagem e Tratamento do Tabagismo no auditório da Secretaria de Estado de Planejamento, Orçamento e Gestão (Seplag). A iniciativa foi destinada aos profissionais de Saúde dos municípios de Capela e de Itaporanga D'Ajuda, além da equipe que integra o Programa Qualivida, da Secretaria de Estado da Educação (SEED). O objetivo foi preparar outras equipes desses municípios, que já possuem o programa implantado, como também fazer com que outros grupos (que atuam com iniciativas próprias de abordagem e tratamento de fumantes) trabalhem de forma articulada.

De acordo com a coordenadora Estadual do Programa de Controle do Tabagismo, Lívia Angélica, a capacitação consistiu em levar informações aos profissionais sobre os malefícios provocados pelo fumo, as formas de abordagem e as Políticas Públicas existentes no país e em Sergipe. "Trabalhar a informação é muito importante e deve ser levada de forma transversal, pelas áreas da Educação e da Saúde. O profissional bem informado a respeito dos indicadores e das políticas públicas existentes saberá trabalhar melhor com seu público", destacou.

Um dos indicadores apresentados aos participantes do curso foi a idade média de iniciação ao cigarro. Dados da Organização Mundial da Saúde (OMS) levados à capacitação mostram que 90% dos fumantes começam antes dos 19 anos e que a idade média de iniciação é aos 15 anos. "Essa é a fase da vida que precisamos trabalhar, mostrando à juventude os riscos de fumar e os males causados pelo vício à saúde", destacou.

Lívia Angélica citou, como um dos graves malefícios, o número de doenças decorrentes do fumo (são mais de 50 associadas ao cigarro). "O tabagismo está relacionado a 55% das causas de mortes do país", informou. Ela acrescentou que 700 milhões de crianças em todo o mundo são fumantes passivas.

Mas, se a informação é importante para sensibilizar os fumantes a parar de fumar, uma abordagem do profissional de Saúde ao seu paciente, também. "A abordagem mínima é importante. É importante abordar, aconselhar e registrar no prontuário dele que é fumante', destacou.

Registro no prontuário

A médica do município de Itaporanga D'Ajuda, Isabel Cristina Costa Galvão, já adota essa prática com seus pacientes. "Mostro a eles que o hábito de fumar leva-os a deixar de fazer um plano de saúde para fazer um plano de doença. O gasto que estão tendo com o cigarro, os benefícios que terão se pararem de fumar e, por fim, coloco no prontuário dele que é fumante", disse a médica.

"O município de Capela há três anos teve seus profissionais capacitados pelo Estado e atualmente conta com 130 fumantes inscritos no Programa para parar de fumar", comentou a coordenadora do Programa contra o Tabagismo, Tassiane de Araújo.
A odontóloga Débora Carla Silva de Freitas foi pioneira no município de Capela a implantar a iniciativa para sensibilizar os fumantes. "Hoje, Capela tem seis turmas e uma desistência mínima ao programa. Cerca de 10 pessoas apenas desistiram e voltaram a fumar", pontuou.

Na SEED, já existem iniciativas próprias do Programa de Controle do Tabagismo, com a SES prestando apoio na forma de acompanhamento das ações e de capacitações. Na SEED, o Programa foi criado há dois anos como parte do Qualivida, um programa da Secretaria que desenvolve ações de saúde e bem-estar voltadas para os servidores da Educação. A equipe que coordena os trabalhos antitabagismo é formada por dois enfermeiros, um médico, um nutricionista, um psicólogo e dois educadores físicos.

"O programa foi registrado junto ao Ministério da Saúde, o que irá permitir o acesso aos medicamentos no tratamento do tabagismo. Isso é muito importante porque o nível de dependência entre os participantes do grupo é muito alto", disse Talita Siqueira, enfermeira do Qualivida, presente na capacitação.

Fonte: Ascom SES