Dez presos e um morto durante operação da Polícia Civil em São Cristóvão

Membros do grupo de 11 presos pelo Complexo de Operações Especiais (Cope) são os principais acusados de terem carbonizado três corpos dentro de um veículo na estrada de chão que dá acesso a Fazenda Escurial, no município de São Cristóvão.
Segundo a Polícia Civil, com os suspeitos foram encontrados facas, rifles, revólveres e pistolas foram utilizadas em diversos crimes. (Foto: reprodução/Infonet)

De acordo com o delegado Hugo Leonardo, o crime aconteceu diante de circunstâncias triviais. Por causa de uma mulher, houve um desentendimento em um bar, que terminou com a morte das vítimas. “Teve uma pequena discussão. Quando os três estavam indo embora, quatro dos que foram presos hoje abordaram com arma de fogo em punho, os amarraram e estrangularam, porque não queriam chamar atenção com os disparos. Levaram as vítimas já mortas para um local mais ermo no próprio carro delas. Lá atiraram na cabeça de cada um e incendiaram o veículo com os corpos dentro”, revelou.
Em entrevista coletiva concedida na manhã desta sexta-feira, 31, a Polícia Civil divulgou outros detalhes da prisão da associação criminosa, que comandava de modo hegemônico o tráfico de drogas em São Cristóvão. A mesma quadrilha é acusada de executar um ‘guardador’ de carros no centro da capital e de assassinar, também, com dez tiros, uma testemunha de um crime de homicídio após seu depoimento no Fórum de São Cristóvão. As investigações começaram no mês de maio.
“Eram bastante violentos, cometeram quatro homicídios comprovados e há mais sendo investigados pelo DHPP. Matavam rivais do tráfico e quem se metesse no caminho deles. Há um crime anterior também, onde um homem teve sua cabeça arrancada em Itaporanga. Nós nos surpreendemos com a quantidade de armas de fogo. Foram doze apreendidas. Há alguns indivíduos de classe média. Um deles é marchante de porco, as facas foram encontradas em sua posse e vamos periciar para ver se tem resquícios de sangue humano. Eram extremamente violentos e organizados. Tem indivíduos de classe média no grupo, que passavam informações sobre a presença de viaturas na cidade. São ações de crime organizado, associação para o tráfico, tráfico de drogas e homicídios”.
No total, a Polícia encontrou em posse de toda a quadrilha dois rifles, uma espingarda, uma pistola .380, sete revólveres .38, um revólver. 32, um colete balístico, duas facas militares, duas facas de caça e pesca e uma foice, balaclavas e roupa de camuflagem, além de maconha e cocaína.
Hugo Leonardo revelou que a operação precisou ser antecipada, porque o grupo já se articulava para matar uma facção rival de menor porte. “Estavam prontos para assassinar três desafetos e adiantamos para evitar os homicídios e o crescimento das estatísticas. O suspeito que morreu em confronto estava para receber uma carga de drogas hoje”.
Presos
A operação envolveu, além do Cope, o Grupo Especial de Repressão e Busca (Gerb), Departamento de Proteção à Pessoa (DHPP), da Divisão de Inteligência e Planejamento Policial (Dipol), 6a e 9a DMs, além de policiais civis das Delegacias de Itabaiana (Regional), Malhador e Carira, com cerca de 80 policiais civis.
Foram presos por tráfico de drogas e homicídios Leonardo Sena Caldeira, o ‘Sete’, José Hermes Santos Júnior, Ricardo Araújo Santana, o ‘DJ’, José Ancelmo dos Santos, Valdeir Santos da Silva, o ‘Pestinha’, Fernando Rosa Diniz Barbosa, conhecido como ‘Fernandinho Beira Mar’, Ranyero Ancelmo dos Santos e Eliaquim Fontes dos Santos, o ‘Nito’.
Pelo envolvimento no caso dos corpos carbonizados, foram presos Nilson Romualdo Guerreiro, Manoel Messias Andrade dos Santos, o ‘Barba’, Paulo Vieira dos Santos Júnior, Willames dos Santos, vulgo ‘Kito’, e Igor Leonardo Santos Oliveira. Adenilson Santos da Silva, o ‘Nilson Pop 100’ é o cabeça da associação criminosa e também foi preso.
Com informações do portal Infonet
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