Governo e setor produtivo ouvem experiência baiana e avaliam criação de Fundo de Defesa Agropecuária

Foto: Vanessa Passos.
A convite da secretaria de Estado da Agricultura, do Desenvolvimento Agrária e da Pesca de Sergipe, nesta segunda-feira, 26 de agosto, o representante da Agência de Agropecuária da Bahia, Rui Ferreira Leal, esteve em Sergipe para apresentar a experiência de estruturação do Fundo Privado de Defesa Agropecuária no estado vizinho. A Seagri fez o convite com o objetivo de discutir a importância da criação de um Fundo similar em Sergipe, principalmente para custear ações emergenciais no setor.


De acordo com secretário André Bomfim, esse foi um segundo contato para discutir o tema, após um encontro realizado em Salvador, no último mês de junho. “No Nordeste, temos a experiência da Bahia e do Maranhão em funcionamento. Nossa proposta é conhecer e debater com os produtores sobre estas experiências para, se for viável, desenvolvermos um modelo adequado à nossa realidade”, explicou o secretário da Agricultura de Sergipe.

Durante sua exposição, o diretor de Defesa Animal da Agência de Agropecuária da Bahia, Rui Ferreira Leal, ressaltou as vantagens da medida. “Viemos a Sergipe conversar com o setor produtivo sobre a importância do Fundo. Pela nossa experiência, mesmo que não seja um Fundo inicialmente robusto, é importante que esteja criado, para atender demandas que necessitem de ação emergencial”, pontuou. Rui defende que o fundo seja totalmente privado porque agiliza o acesso aos recursos em situações de crise, a exemplo de combate emergencial a focos de contaminação animal. Ele detalhou que, no caso da Bahia, o Estado criou uma lei que isenta o produtor em 35% no valor da Guia de Trânsito Animal (GTA), sendo este percentual destinado ao fundo privado.

O presidente da Federação dos Agricultores do Estado de Sergipe, Ivan Sobral, apresentou posicionamento favorável à criação da reserva financeira. “A Federação é defensora desse fundo, hoje mais do que necessário para o setor agropecuário. Temos o exemplo dos avicultores, que já demonstraram interesse em ter esse instrumento emergencial”, afirmou.

Para o presidente da Emdagro, Jefferson Feitoza, a implementação da proposta deve contemplar os setores de defesa animal e vegetal. Ele lembra de momentos em que o Estado de Sergipe precisou aportar recursos do tesouro para combater pragas na Agricultura, como a cochonilha do carmim na palma forrageira, e a mosca negra na citricultura. “O fundo tem fundamental importância por poder ser utilizado em ações como estas”, argumentou.

Também concordaram com a proposta de criação Fundo da Agricultura o superintendente federal de Agricultura em Sergipe, Haroldo Araújo Filho; e o representante da secretaria de Estado da Fazenda, José Mário Santos Rosa, que alertou para a necessidade de conhecer encaminhamentos que estão sendo feitos no sentido de consolidar as tributações estaduais, o que poderia ajudar no processo.

As instituições participantes decidiram criar um grupo de trabalho para aprofundar a elaboração de uma proposta. Na avaliação do secretário André Bomfim, foi proveitoso o diálogo com a representação do setor produtivo através da Faese, e com o setor público através do Ministério da Agricultura, da Seagri Estadual e da Emdagro. “Vemos que houve convergência de opiniões sobre a importância do Fundo. Estamos buscando aprofundar a parceria com a secretaria da Agricultura do Estado da Bahia, inclusive relacionada à nossa fronteira com a citricultura”, concluiu André.

Por Agência Sergipe Noticias.