Alessandro Vieira revela que governo Bolsonaro faz o que disse que não iria fazer


(Foto: Divulgação FAN F1)

Desde que se colocou à disposição da sociedade brasileira como candidato a presidente, Jair Bolsonaro usou um discurso de mudança na forma de ocupação de cargos em seu governo. O discurso permaneceu no momento de composição dos ministérios, quando Bolsonaro não negociou com partidos, mas com bancadas. Houve um deslize com a ampliação do número de ministérios, mas, mesmo assim, o discurso não foi mudado.

Na composição do segundo e terceiro escalão, o discurso se manteve, mas a prática foi diferente. E coube, justamente, ao senador sergipano Alessandro Vieira (Cidadania) a revelação de como as coisas acontecem. E não é nada diferente do que todos os presidentes fizeram. Isso mesmo, uma negociação de cargos com o intuito de ampliar base de sustentação no Parlamento. Mas, nesse contexto há um agravante.

Alessandro emitiu uma nota para esclarecer uma polêmica quanto a possível nomeação de Milton Andrade para a Codevasf em Sergipe. “Recebi a visita do ministro Ramos em meu gabinete, ocasião na qual ele ofereceu qualquer cargo federal em Sergipe, como forma de “compensação”. Informei ao ministro, então iniciando na função, que não tinha e não tenho interesse em indicação para cargo”, disse Alessandro.

Um ministro no gabinete de um senador, oferecendo cargo. Esse é o agravante! Um ministro negociar ou pactuar, se preferirem, a ocupação de cargos com aliados é normal, faz parte. Mas, ofertar como se estivesse numa loja de varejo, isso é surreal! Neste caso, só se faz com aliados, e Alessandro assegura independência.

Isso demonstra inexperiência dos condutores do governo? Ou estamos diante de um estelionato eleitoral, onde as pessoas teriam sido convencidas de que estavam votando num radical com ética inabalável e, na verdade, escolheram um distribuidor de cargos sem planejamento, foco e objetivo na gestão?

Notas da semana

Valadares, Simão Dias e 2020

É cada vez mais forte o rumor de que o ex-senador, Antônio Carlos Valadares (PSB), pode, ao invés de anunciar o fim de sua carreira política, comunicar sua disposição de disputar, em 2020, a eleição em sua cidade natal, Simão Dias, como candidato a prefeito. O candidato natural do grupo seria o ex-prefeito Denisson Déda, mas, caso seja necessário, Valadares já estaria convencido em se colocar à disposição.

Correção  – Após ler a coluna o presidente do PSB, Valadares Filho, entrou em contato para pedir correção do nome do candidato natural do grupo em Simão Dias. Não é o ex-prefeito Deninsson Déda cono esta na nota acima e sim o ex-vereador Cristiano Viana.

Belivaldo x José dos Anjos

A estratégia da defesa do governador Belivaldo Chagas (PSD) pegou a todos de surpresa. Não basta perguntar se, em caso de vitória no Tribunal Regional Eleitoral de Sergipe (TRE-SE), haveria questionamento. O principal é identificar o quanto isso pode trazer de consequência. Quais os efeitos de questionar suspeição de um desembargador? Isso pode mudar o jogo em favor do governador ou criar mais animosidades ainda?

Inaldo quer Zé Franco como vice

Na corrida pela sua reeleição em 2020, o prefeito de Nossa Senhora do Socorro, Padre Inaldo, parece ter definido sua primeira meta: ter Zé Franco como vice. Força política, carisma e o peso político de ter um ex-prefeito como vice seriam alguns critérios que estão sendo analisados. A grande questão é saber se Zé Franco está com sua situação jurídica liberada. Fora isso, há quem garanta que da parte de Inaldo estaria tudo definido.

Almeida Lima e a eleição de Belivaldo 

O ex senador Almeida Lima propõe um debate mais qualificado, mas não perde a oportunidade de fustigar seus adversários. A bola da vez foi Milton Andrade, a quem Almeida disse ser um novo com práticas velhas, pela quantidade de partidos pelos quais teria passado. Milton respondeu de forma dura e disse que Almeida usa de mentira para atacar adversários. Chamou a atenção, porém, a avaliação de Milton quanto a eleição de Belivaldo. “Quando Almeida disse, Deus nos livre deste homem, foi a solução para que o povo escolhesse Belivaldo”, disse Milton que ainda alfinetou. “Ele pede uma coisa e o povo faz tudo o contrário, não tem credibilidade”. Almeida Lima não quis responder.

Quem foi a vítima do estelionatário?

A Polícia Federal prendeu Bruno Bezzerra, um jovem de 26 anos, acusado de estelionato contra instituições bancárias, a operação foi batizada de ‘Vida de Novela’, em virtude da vida ostentação em que o jovem vivia.  Segundo as investigações, de posse de dsdos de políticos e artistas, Bruno Bezerra fazia cartões de crédito e com eles realizava compras e saques. Foram muitos anos fazendo isso, ao menos os últimos cinco anos. Em coletiva o delegado responsável pelo caso revelou que em Sergipe, um ex-senador e um ex-vice governador teriam sido vítimas dele. Pois bem: Almeida Lima, Valadares e Amorim negam que tenham sofrido golpe do jovem. Belivaldo  também negou que tenha sido vítima. Teria sido Jackson Barreto o ex-vice? Com ele não conseguimos contato. Estariam os ex-senadores se preservando e não quiseram revelar? O mistério permanece nessa vida de novela…

Rogério fora de 2022?

A decisão judicial que condena o Hospital Santa Izabel e o senador Rogério Carvalho (PT) foi a pauta da semana. Em mantida, ela cassa os direitos políticos do senador por cinco anos. Cabem diversos recursos e até 2022 Rogério fica novamente com dois focos, um na articulação política e outro na Justiça para conseguir se livrar de complicações e evitar ficar inelegível. Rogério garante que agiu na legalidade e que tudo foi autorizado pelo Ministério Público. Já seus opositores, não perdem a oportunidade de lembrar nas redes sociais a condenação de mais um petista.

Fonte: FAN F1

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