Pressão política, perda de apoio e silêncio podem ter motivado queda de André Moura


Por Fan f1
A imprensa nacional publicou na noite dessa quinta-feira, 29, a informação da exoneração do agora ex-secretário da Casa Civil do Rio de Janeiro, André Moura. Não houve nota oficial por parte do governador, Wilson Witzel (PSC), com explicações sobre a mudança.

Numa apuração de várias publicações, o Fan F1 identificou algumas pistas do que pode ter levado o governador a tomar esta posição. Pressão política, perda de apoio político na Assembleia Legislativa e um suposto silêncio de André após a operação da Polícia Federal que teve como alvo o governador.

Segundo publicações, o governador estaria sendo pressionado em virtude do crescimento de André, o que estaria incomodando a base política de Witzel. A presença de André, não estaria mais surtindo efeito na articulação política.

Após a operação da Polícia Federal, o partido Republicanos deixou a base de apoio. Outro veículo de comunicação, aponta que incomodou ao governador, o silêncio de André após as operações. Além disso, houve a matéria da Veja,  na semana passada, colocando André como citado em delação por supostamente ser operador do governador, na cobrança de propina.

Sobre esta acusação, Moura informou em entrevista ao Jornal da Fan, que irá processar o jornalista autor da matéria e a revista. Quanto a saída do Governo do Rio de Janeiro, André Moura se posicionou através de nota e assegura que a medida foi tomada em consenso.

“Após conversa com o governador Wilson Witzel, na noite da quinta-feira, 28, me despedi do cargo de chefe da Casa Civil e Governança do Rio de Janeiro, função que vinha desempenhando com todo respeito e responsabilidade, nos últimos oito meses. A decisão foi tomada em conjunto com o chefe do executivo do estado de forma amistosa”, escreve André.

Veja nota na íntegra.

Após conversa com o governador Wilson Witzel, na noite da quinta-feira, 28, me despedi do cargo de chefe da Casa Civil e Governança do Rio de Janeiro, função que vinha desempenhando com todo respeito e responsabilidade, nos últimos oito meses. A decisão foi tomada em conjunto com o chefe do executivo do estado de forma amistosa.

Deixo o posto de secretário da Casa Civil e Governança do Rio de Janeiro, com sentimento de dever cumprido, pois foram muitas as conquistas, desde a minha chegada. Os méritos, divido com membros da minha equipe: os técnicos do governo, os que vieram comigo de outros estados, e os demais servidores que me auxiliaram, durante esse tempo. São profissionais aos quais devo verdadeira gratidão pelo brilhante trabalho prestado, por todo empenho, toda dedicação; gente que nunca desanima, mesmo com o ritmo acelerado e as horas de trabalho extenuantes.

Em tempo, quero agradecer àqueles colegas secretários que entenderam nossa proposta de trabalho, acreditaram na nossa visão e perseguiram as metas que apontamos.

Sou muito grato, também, aos parlamentares, em especial os deputados estaduais, que verdadeiramente incorporaram o espírito democrático, deixando as divergências partidárias de lado, para somar esforços conosco, aprovando diversas matérias em prol do Rio de Janeiro, construindo um saldo positivo entre o Executivo e Legislativo. Quero abraçar a todos em nome do presidente, André Ciciliano, um líder nato.

Não posso esquecer de agradecer o vice-governador Cláudio Castro, um cidadão empenhado com a coisa pública.

Ademais, o governador Wilson Witzel pela oportunidade de fazer parte do seu projeto de governo e pela confiança.

Peço a Deus e ao Nosso Senhor do Bonfim que nos abençoe e nos guie nesse novo ciclo que se inicia.

André Moura

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