PF: cerca de R$ 110 mil foram apreendidos na casa de um investigado

Operação ocorreu na manhã desta quinta-feira, 20 (FOTO: PF/SE)

 

Durante a operação ‘Estroinas’ deflagrada nesta quinta-feira, 20, a Polícia federal apreendeu cerca de R$ 110 mil reais na residência de um dos sócios de uma empresa  contratada pelo município de Carmópolis. A operação prossegue com o objetivo de se constatar se os bens e serviços adquiridos pelo município foram prestados à população.


Segundo a Polícia Federal, há indícios de fraudes em nove procedimentos de dispensa de licitação realizados pelo Município de Carmópolis, todos eles fundamentados na Lei nº 13.979/2020 (“Lei do Coronavírus”). Na investigação que motivou a expedição dos mandados, apurou-se que aproximadamente R$ 2.300.000,00 provenientes do Sistema Único de Saúde foram gastos para a contratação direta de nove empresas.


A investigação identificou a existência de indícios de empresas fantasmas contratadas pelo município. “Algumas das empresas contratadas são fantasmas, não tem fornecedores, estoques, os sócios são pessoas de baixa renda que recebe benefício governamental. A escolha das empresas foram arbitrárias porque os sócios são laranjas, as empresas não tem tradição no mercado e nem site e mesmo assim foram contratadas”, conta o delegado da PF, Jackson Roberto Barros.


Dentre as fraudes apuradas, a Polícia federal investiga a aquisição de cinco salas climatizadas construídas ao lado do Hospital do município, mas que foi superfaturado e não chegou a ser utilizado. “Foram feitas cinco salas climatizadas ao lado do hospital e que jamais foram abertas e permaneceram fechadas. Há indícios de sobrepreço chegando a 700% do valor nas salas climatizadas. Também já é alvo de investigação que na véspera da operação essas salas tenham sido retiradas do local”, diz o delegado da PF, Jackson Roberto Barros.


A operação contou ainda com o apoio e a participação da Controladoria-Geral da União (CGU/SE). Segundo o superintendente da CGU/SE, Cláudio Canuto, o órgão vem intensificando as investigações neste período. “A CGU vem intensificando a apuração das contratações durante a pandemia. Devido a esse monitoramento que vemos fazendo que identificamos as fraudes. Constatamos que uma empresa informou que não tinha estoque e não podia apresentar preço, mas no mesmo dia ela apresentou o preço presumindo que tinha o produto. Há ainda empresas contratadas que tinham vinculo entre si”, conta o superintendente.


Os envolvidos estão sendo investigados por suposta prática dos crimes de dispensa indevida de licitação, corrupção passiva e corrupção ativa, sem prejuízo de outros porventura constatados ao longo das investigações.


 


por Aisla Vasconcelos/Infonet.

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