“nem Lula, nem Bolsonaro e nem Ciro são uma boa via para 2022”, diz João Dória

 


Na manhã desta terça-feira, 13, o governador do Estado de São Paulo, João Dória (PSDB) afirmou em entrevista ao Jornal da Fan da Rádio Fan FM que sua candidatura ou a de qualquer outro membro do PSDB que vença as prévias do partido, é a melhor alternativa para as eleições presidenciais de 2022.

“Nem lula, nem Bolsonaro. Nem horror e nem terror. Nossa proposta não é de uma terceira via, mas de uma via boa. Diálogo com Ciro e, com todo respeito, ele também não é uma via defendida. A melhor via será a do que resultar das prévias do PSDB”, comentou.

Dória confirmou que é pré-candidato a presidente e que a proposta do PSDB é de ser “uma candidatura de centro, que possa discutir com a esquerda e com a direita”. Com isso, ele afirmou que em Sergipe deve ter algum candidato ao governo pela sigla ou algum candidato de outro partido que seja apoiado pelo PSDB, mas disse que ainda é muito cedo para falar sobre as eleições regionais.

Ele elogiou a atuação de Eduardo Amorim enquanto foi senador e comentou sobre a possibilidade do presidente do senado, Rodrigo Pacheco (DEM), migrar par ao PSD. Segundo ele, “esses movimentos entre partidos serão comuns conforme nos aproximamos do pleito de 2022”.

Covid-19

Segundo Dória, durante esse período de pandemia os governadores acertaram em optar em “defender a vida e compraram vacinas, além de defender também a ciência e a saúde das pessoas enquanto o presidente não fez isso”.

“Os governadores e uma boa parte dos prefeitos defenderam o lado certo, e isso não é politizar é fazer o que é certo. Politizar é dizer que é só uma gripezinha e que só vai morrer umas quatro mil pessoas”, disse.

Ele comentou que chegou hoje em São Paulo uma nova carga com insumos para a produção de mais 20 milhões de doses da Coronavac e que até o final de agosto 100 milhões de doses deverão ser entregues ao Ministério da Saúde.

Atualmente, 29 milhões de paulistas já foram imunizados e atualmente a campanha de imunização tem contemplado as pessoas com idade entre 35 e 39 anos, segundo Dória. Ele disse ainda que até o final de agosto todas as pessoas acima dos 18 anos devem estar imunizadas com a primeira dose e que em seguida será iniciada a vacinação em jovens de 12 a 17 anos.

Economia

O governador paulista disse que mesmo durante o pico da pandemia, São Paulo manteve mais de 70% do setor econômico em funcionamento e que o setor mais afetado acabou sendo o da economia criativa, com o fechamento de bares, restaurantes, academias, shows, cinemas e afins.

“No primeiro ano de pandemia, o PIB de são Paulo cresceu o dobro do registrado no Brasil e que esse ano, de acordo com pesquisas, a previsão é de crescimento de 5% no país e de 7,7% para São Paulo. Se São Paulo vai bem o Brasil vai melhorar”, declarou.

No estado, a flexibilização foi ampliada no final de junho e ele disse que no início do mês de agosto um novo decreto com mais afrouxamento das medidas sanitárias deve ser anunciado, conforme a população vai sendo imunizada.

Outros assuntos

O Tucano falou sobre a reforma tributária, alegando que “neste momento a proposta é ruim porque foi mal elaborada e isso é reafirmado por analistas e economista”. Segundo Dória, a proposta “não tem formulação nem amplitude desejada, mas aquilo que é ruim pode ser objeto de correção. No entanto, ela provavelmente será rejeitada pelo Congresso na forma como está”.

Ele parabenizou a atuação dos senadores na CPI da Covid-19 e disse que as investigações já começam a apresentar resultados, mas que devemos esperar sua conclusão final.

Ele se colocou à disposição para ir até o Senado prestar depoimento caso seja convocado, afirmando que o presidente Jair Bolsonaro se preparasse caso isso acontecesse, pois “iria com muitas provas sobre a negação do presidente e a teima em não comprar os imunizantes”

Por fim, João Dória afirmou que atualmente o Brasil é um páreo do mundo “porque ninguém quer saber do país e que hoje temos uma péssima imagem com um negacionista gerindo o Brasil. Bolsonaro só ganha destaque de forma negativa nas capas de jornais internacionais.

 

Por Talisson Souza/Fa F1.

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