Em baixa, Pato decide voltar à Europa, mas só deve sair em 2015



Em baixa, Pato decide voltar à Europa, 



mas só deve sair em 2015

Após fracassar no Corinthians e virar reserva de Ademilson no São Paulo, atacante diz a amigos que não está contente no Brasil e quer ir embora

Por São Paulo
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Alexandre Pato São Paulo treino (Foto: Marcos Ribolli / Globoesporte.com)Pato não emplacou em seu retorno ao Brasil e quer voltar à Europa: bom para todo mundo (Foto: Marcos Ribolli)
A esperança de Alexandre Pato de reerguer a carreira jogando no Brasil acabou. Depois de uma passagem sem brilho pelo Corinthians e de ainda não convencer no São Paulo, o jogador quer voltar a atuar na Europa. O futuro dele está nas mãos da diretoria do Timão, ávida por recuperar os € 15 milhões (R$ 40 milhões na época) investidos para tirá-lo do Milan. 

Pato confidenciou a amigos que se sente muito pressionado com as cobranças que recebe no Brasil. O peso de ter de brilhar como no início da carreira o incomoda. Ele chegou ao Corinthians para ser a estrela do time que havia acabado de ser campeão mundial e não suportou a pressão. No São Paulo, mesmo dividindo o posto com Luis Fabiano, Ganso e agora Kaká, também é bastante cobrado.
Apesar de ter sido capa de várias revistas de fofocas na Itália pelo namoro com Barbara Berlusconi, o jogador acredita que na Europa poderia viver de forma mais tranquila, sem chamar tanta atenção por onde passa. No Brasil, já foi criticado por ter ido a um show da cantora Beyoncé depois de uma derrota do Corinthians e por compartilhar assiduamente suas fotos nas redes sociais.
Mesmo com a sondagens de vários clubes, como Juventus, Inter de Milão, Arsenal, Tottenham, Galatasaray e Fenerbahce, Pato dificilmente será negociado na janela de transferências que foi aberta após a Copa do Mundo. Nenhuma oferta agradou. Além disso, os pedidos de empréstimo esbarraram no acordo com Tricolor, válido até o fim da temporada 2015. 
No contrato, o São Paulo tem direito a 10% do valor se Pato for negociado por € 15 milhões (valor da multa rescisória). A cláusula, porém, cai para € 10 milhões (R$ 30 milhões) a partir de janeiro de 2015. Nesse caso, o Timão não precisa repassar nada ao rival. Por isso, a direção alvinegra gostaria de concretizar a venda no próximo ano. Caso venda pelos R$ 30 milhões, o clube do Parque São Jorge não consegue reaver imediatamente o que investiu para ter Pato - R$ 40 milhões, mas a conta, no fim, terminará empatada, já que o clube poderá poupar até um ano de salários. 
 Pato foi sondado por Juventus, Inter de Milão, Arsenal, Tottenham, Galatasaray e Fenerbahce, mas ofertas não agradaram.
Uma cláusula permite ao São Paulo ter a preferência na compra dos direitos ao igualar qualquer proposta que o Corinthians receber. O Tricolor, porém, não se mostra muito animado, sobretudo pelo rendimento do jogador até agora – três gols em 12 jogos. O clube cogita até liberá-lo neste segundo semestre, caso o Corinthians tenha uma oferta com números abaixo daqueles previstos como multa. 
O técnico Muricy Ramalho frequentemente faz elogios à capacidade técnica de Pato, mas não está satisfeito só com isso. O treinador exige que o jogador ajude o time na marcação, algo que não aconteceu até agora. Não por acaso, o atacante perdeu a vaga na equipe para o garoto Ademilson e será reserva contra o Bahia, nesta quarta, em Salvador, no reinício do Brasileirão. 
A contratação de Alan Kardec antes da Copa do Mundo também minou as chances. Diretoria e comissão técnica consideram que o ex-palmeirense pode fazer melhor a função de atuar pelos lados. Além disso, avaliam que os R$ 400 mil investidos no pagamento dos salários de Pato (o Corinthians paga outros R$ 400 mil) poderiam ser gastos com um outro reforço – o Tricolor procura um volante para fechar o elenco. 
O espaço de Pato no Tricolor deve diminuir ainda mais nas próximas semanas. Kaká terá um lugar garantido na equipe assim que estiver pronto e aumentará a concorrência no setor ofensivo. Se hoje a disputa com Ademilson já está difícil, voltar para a Europa pode mesmo ser o melhor caminho para o atacante.

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