Dengue e Chikungunya: atenção e cuidado ao sair de casa


Famílias que vão viajar nas férias, deixando suas casas vazias, precisam tomar os mesmos cuidados para não deixar água parada, que pode se transformar em criadouro para os mosquitos transmissores destas doenças.

As ações de cuidado e de prevenção à Dengue e à Febre Chikungunya não tiram férias. Dezembro e janeiro são meses típicos em que muitas famílias aproveitam o recesso escolar e as festas de Natal e Ano Novo para viajar, deixando suas casas vazias. Mesmo com as viagens agendadas, é preciso se preocupar para, ao retornar, não encontrar desagradáveis surpresas e criadouros do Aedes aegypti e do Aedes albopictus.
A maneira de reprodução desses dois mosquitos vetores é única: água limpa e parada. Mesmo com o Aedes aegypti mais habituado à zona urbana e o Aedes albopictus intercalando entre locais das zonas urbana e rural, todo cuidado é pouco para não acumular água em imóveis e terrenos.
“É fundamental observar os lugares que podem concentrar água para que, em período de férias, estejam vedados. Quem planeja ficar longe de casa por um período, por mais curto que seja, deve fazer previamente uma limpeza em quintais, tampar piscinas, eliminar lonas, pneus, garrafas 'pet' e entre outros objetos. É preciso ficar atento também em relação aos vasos de plantas, recipientes que acumulam água na geladeira, ralos que ficam dentro de casa e aqueles que não têm água renovada com frequência", explica a coordenadora do Núcleo de Endemias da Secretaria de Estado da Saúde (SES), Sidney Sá.
A coordenadora destaca ainda que alguns sintomas da Febre Chikungunya são idênticos aos da Dengue: dores fortes nas articulações e nos tornozelos, dor de cabeça por 10 dias, febre, coceiras pelo corpo.
"Os sintomas da Febre Chikungunya que diferem da Dengue são as fortes dores nas articulações que provocam dificuldade na locomoção. Além disso, tem apresentado uma baixa letalidade, ao contrário da Dengue. O tratamento da doença na fase aguda é baseado em muita hidratação e uso de analgésicos. Após a infecção pelo Aedes albopictus, há uma imunidade duradoura para o vírus. Assim que apresentar os sintomas, a pessoa deve imediatamente procurar uma Unidade Básica de Saúde para que possa ser avaliada por um profissional", reforça Sidney Sá.
Dados
Segundo dados do Núcleo de Endemias da Secretaria de Estado da Saúde, de janeiro até primeira semana de dezembro de 2014, foram notificados 3.997 casos de Dengue, com 1.899 confirmações e 04 óbitos. Ainda no período, os 10 municípios que mais notificaram casos de Dengue foram:
Aracaju (1673 notificações e 853 confirmações), Itabaianinha (502 notificações e 434 confirmações), Nossa Senhora do Socorro (400 notificações e 116 confirmações), Barra dos Coqueiros (213 notificações e 69 confirmações), Estância (163 notificações e 29 confirmações), São Cristovão (160 notificações e 101 confirmações), Tobias Barreto (93 notificações e 06 confirmações), Umbaúba (55 notificações e 17 confirmações), Neópolis (50 notificações e 29 confirmações), Carmópolis (45 notificações e 23 confirmações).
Os 4 óbitos registrados foram nos municípios de Aracaju, Poço Redondo, São Cristóvão e Umbaúba. Sobre a Febre Chikungunya, a gerente do Núcleo de Endemias da SES destaca que não há surto em Sergipe. "Até o momento, o único caso confirmado foi considerado 'importado', oriundo de uma pessoa de Feira de Santana (Bahia), cidade que registra um grande número de casos da doença. Sempre que houver suspeita da doença, as amostras serão enviadas para o laboratório de referência, desde que estejam dentro do critério de suspeita da Febre Chikungunya", complementa Sidney Sá.

Fonte ASN.
Aedes aegypti
Aedes aegypti
Aedes albopictus
Aedes albopictus

Comentários