Verão deve ser mais quente e com menos chuva que a média em Sergipe

O verão começou na madrugada desta terça-feira (22) no país. Em Sergipe, a previsão é que nesses três meses da estação a temperatura média fique em 32° C na capital e 38° C no sertão do estado. De acordo com o meteorologista Overland Amaral, as chuvas devem ficar abaixo da média, além da sensação de mais calor, o que já foi percebido pela população na primavera.
Praia da Aruana sob o pôr do sol em Aracaju (Foto: Marina Fontenele/G1)
Praia da Aruana sob o pôr do sol em Aracaju (Foto: Marina Fontenele/G1)
“A tendência é que o calor seja mais intenso no final de dezembro e em todo o mês de janeiro. Podem ocorrer a passagem de alguns eventos como vórtices que podem causar chuvas localizadas e mal distribuídas principalmente nesse período”, explicou o especialista da Secretaria de Estado do Meio Ambiente e dos recursos Hídricos (Semarh).
Em Aracaju, choveu leve no fim da madrugada desta terça-feira (22) e a previsão é de dia parcialmente nublado e temperatura entre 25° C e 28° C.
El Niño
O verão do hemisfério Sul começa sob um El Niño – o superaquecimento das águas do Pacífico – em intensidade máxima. No Brasil, a perspectiva é que ao menos quatro das cinco regiões do país devem ter temperaturas além do normal de janeiro a março.
No mês de novembro, o El Niño já tinha feito com que as temperaturas no leste e no centro do Pacífico já estivessem 4°C mais quentes em média, sinalizando a fase madura do fenômeno, que deve durar pelo menos até o início de janeiro. No meio de dezembro, anomalias de até 5°C estavam sendo registradas.
Esse ápice deve influenciar as temperaturas nos meses subsequentes no Brasil, afirma o CPTEC (Centro de Previsão de Tempo e Estudos Climáticos), ligado ao Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais). Segundo climatologistas, apenas a região Sul do país não está em perspectiva de calor anômalo para o verão.
Nas regiões Norte e Nordeste têm uma perspectiva de trimestre mais seco do que o normal. Tanto as anomalias de temperatura quanto as de pluviometria são sinais do El Niño, que em novembro já era o mais forte de todo o registro histórico, empatando com o de 1997/1998.
No contexto que leva em conta o planeta inteiro, o ano de 2015 já havia batido por antecipação o recorde histórico de temperaturas, ainda em novembro, superando 2014. A marca se deve tanto ao El Niño quanto ao aquecimento global, afirmou a OMM (Organização Meteorológica Mundial).


Fonte: G1 SE.

Comentários