SE não tem registros de casos de Febre Chikungunya


Segundo o MS, foram registrados 824 casos no Brasil
Segundo o MS, foram registrados 824 casos no Brasil (Foto: divulgação)
Até o último dia 25 de outubro, segundo levantamento do Ministério da Saúde (MS), foram registrados 824 casos da Febre Chikungunya no Brasil. Em Sergipe não há nenhum caso da doença, mas os cuidados não podem ser dispensados para evitar a reprodução dos dois mosquitos transmissores: o Aedes aegypti (o mesmo que transmite a Dengue) e o Aedes albopictus.

Dados do Ministério da Saúde apontam que entre os 824 casos, 151 foram confirmados por critério laboratorial e 673 por critério clínico-epidemiológico, que é o diagnóstico feito a partir dos sintomas e o histórico da presença da pessoa em locais de transmissão da doença. Destes, 39 são casos de pessoas que estiveram em países com a doença e foram diagnosticadas no Brasil, a exemplo da Guiana Francesa, República Dominicana, Venezuela, Haiti e nas ilhas do Caribe.
Os números divulgados pelo MS ainda dão conta que os registros de casos adquiridos no Brasil, de pessoas que não fizeram viagem internacional, somam 785. O município de Feira de Santana (BA) registrou 371 casos, seguido do Oiapoque (AP) com 330 e 82 em Riachão do Jacuípe (BA). Em Campo Grande (MS) e Matozinhos (MG) tiveram, cada um, um caso da doença. 

De acordo com a coordenadora do Núcleo de Endemias da Secretaria de Estado da Saúde (SES), Sidney Sá, é preciso tomar cuidado com a água limpa e acumulada nos imóveis. “Todos nós já conhecemos os cuidados para não deixar água limpa e parada. É preciso não acumular lixo, tomar cuidado com as garrafas pet nos quintais, lonas, reservatório de água da geladeira, pneus, vasos de plantas, lavanderias, entre outros. Basta um pouquinho de água para que os mosquitos depositem os ovos”, explicou Sidney Sá.

“O combate a doença é um dever de todos. A Secretaria de Estado da Saúde apóia os municípios com o envio da Brigada Itinerante para reforçar o contingente de agentes de endemias na busca e destruição dos criadouros. Quando necessário, são enviados os carros fumacês para combate aos mosquitos, além de realizar ações educacionais em escolas da rede pública de ensino nos locais visitados pela Brigada. Nada disso tem eficiência se não houver uma parceria da população, que deve ficar atenta aos possíveis criadouros em suas residências”, disse a coordenadora.

Os principais sintomas que caracterizam a Febre Chikungunya são febre alta, manchas vermelhas na pele e dores de cabeça que costumam durar 10 dias, dores musculares e nas articulações. “Depois de passado o período febril, em ou alguns casos as dores articulares podem ser recorrentes durante um ano. Esta doença tem baixa letalidade e, uma vez adquirida, o paciente fica imune”, disse Marco Aurélio Goés, médico infectologista da SES.
Presença dos mosquitos em Sergipe
O Aedes aegypti está presente nos 75 municípios sergipanos, porém o Aedes albopictus teve a presença confirmada pelo Laboratório Central de Saúde Pública (Lacen) de Sergipe, até o momento, em oito municípios: Areia Branca, Campo do Brito, Aracaju, Itaporanga D’Ajuda, Salgado, Santa Rosa de Lima, Simão Dias e Cristinápolis.

“O Aedes aegypti é um mosquito que vive e é bem adaptado às zonas urbanas. O Aedes albopictus tem o habitat natural nas áreas silvestres, zona rural e periurbana e já está se adaptando muito bem a zona urbana. Quando há presença do Aedes albopictus, esta é confirmada pelo Lacen que analisa amostras de larvas enviadas semanalmente pelos municípios. As pequenas diferenças entre os dois mosquitos e suas larvas estão na morfologia, ou seja, na forma que cada um tem”, finalizou a técnica da SES.
Fonte: SES

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