Semarh comemora Dia da Mata Atlântica nesta quarta, 27

O dia da Mata Atlântica será comemorado nesta quarta-feira, 27, pela Secretaria de Estado do Meio Ambiente e Recursos Hídricos, (Semarh). O evento conta com atividades recreativas e de sensibilização ambiental com público de estudantes, lideranças comunitárias, assentamento José Emídio e idosos de comunidades localizadas no entorno da Unidade de Conservação da Natureza administrada pelo Estado, Refúgio de Vida Silvestre Mata do Junco, localizado no município de Capela.
Fotos: Paulo Tim Tim/Semarh

O objetivo do projeto é dar oportunidade às comunidades do entorno da referida unidade para participação de atividades de entretenimento, que além de recreativas, sejam incentivadoras de práticas cotidianas ambientalmente corretas, fortalecendo a relação de pertencimento com as áreas protegidas próximas às suas residências.
A partir das 8 horas a Trilha ecológica para avistamento do macaco-guigó (pesquisadoras Fernanda e Sirley), seguida da Palestra “A Mata Atlântica e sua Importância para a Vida” e Oficina: “Herpetofauna: quebrando mitos, construindo novos conceitos”, Exposição fotográfica: “A biodiversidade do RVS Mata do Junco”, com premiação para as três fotos mais originais.
Segundo informações apontadas pelo Ministério do Meio Ambiente (MMA), cerca de 7% da vegetação original no Brasil está bem conservada em fragmentos acima de 100 hectares.  Em Sergipe, somente o Refúgio de Vida Silvestre Mata do Junco possui 894,76 hectares. Além dele, o Morro do Urubu possui 213,872 hectares e a APA Litoral Sul 50 mil, que incluem, ainda, florestas e ecossistemas anexos, como dunas, lagoas, manguezais e matas de restinga.
“Apesar de representativo na atualidade, toda essa extensão representa apenas 0,1% da cobertura original que já existiu. Essa degradação é fruto de um processo histórico, iniciado desde o período de colonização”, conta a bióloga Augusta Barbosa.
Mata Atlantica em SE 
No Estado o bioma preserva mais de 100 espécies florísticas, 20 de anfíbios, 18 de répteis, 134 de aves e 23 espécies de mamíferos. A Mata Atlântica abriga, ainda, o macaco Guigó, um primata que só existe em Sergipe e no norte da Bahia, e o pássaro rendeira dos olhos de fogo que estão ameaçados de extinção.
Nacionalmente, um dos fatores que tem contribuído para a preservação do bioma é a promoção de políticas públicas em todas as esferas. Para o secretário de Estado do Meio Ambiente dos Recursos Hídricos, Olivier Chagas, a partir da regulamentação de leis de proteção e da criação de espaços como as unidades de conservação, é possível estabelecer uma relação da população com o meio ambiente e desenvolver o interesse pelo cuidado.
“Para proteger não é preciso isolar. Como alguém pode compreender a importância do cuidado com aquilo que não está inserido na sua realidade”, questiona Olivier. “É por isso que, além do papel de manter a diversidade biológica, a proteção de espécies, recuperação dos recursos hídricos e incentivo à pesquisa científica, estes espaços estão abertos para visitação, seja  para o ecoturismo ou ações com foco na educação ambiental de toda a sociedade, desde jovens em idade escolar a adultos curiosos”.
Áreas de Preservação
Morro do Urubu, Área de Proteção Ambiental do Litoral Sul e o Refúgio de Vida Silvestre Mata do Junco: três unidades sergipanas de preservação ambiental da Mata Atlântica, patrimônio nacional que foi reduzido a 22% de sua cobertura em todo o país. Desse total 9% estão em Sergipe. Com sedes localizadas em Aracaju, Estância e Capela, essas unidades de conservação são mantidas pela Secretaria de Estado do Meio Ambiente e dos Recursos Hídricos (Semarh) e preservam mais de 110 mil hectares do bioma original.

Fonte: ASN.

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