26/03/2013 12h50 - Atualizado em 26/03/2013 13h03

Barbosa nega pedido de Dirceu para ter acesso a votos do mensalão

Ex-ministro pediu para ver votos antes da publicação de acórdão.
Presidente do STF negou também pedido para aumentar prazo de recursos.

Mariana Oliveira Do G1, em Brasília
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O presidente do STF, Joaquim Barbosa, em sessão nesta quinta (21) (Foto: Fellipe Sampaio/SCO/STF)Joaquim Barbosa argumentou que defesa de
DIrceu teve acesso às sessões públicas do
julgamento do mensalão.
(Foto: Fellipe Sampaio/SCO/STF)
O Supremo Tribunal Federal negou pedido do ex-ministro da Casa Civil, José Dirceu, para ter acesso aos votos escritos dos ministros sobre o julgamento do mensalão. A defesa de Dirceu havia pedido em fevereiro para analisar a íntegra dos votos antes que fosse publicado o acórdão. O acórdão é o documento que resume as decisões do julgamento.
O presidente do STF, Joaquim Barbosa, argumentou que Dirceu poderia assistir às sessões do julgamento, que foram públicas e transmitidas pela TV Justiça.
"Os votos proferidos quando do julgamento da ação penal 470 foram amplamente divulgados, e, inclusive, transmitidos pela TV Justiça. Além disso, todos os interessados no conteúdo da sessão pública do julgamento, em especial os réus e seus advogados, puderam assisti-la pessoalmente no plenário desta corte", disse Barbosa.
O ministro argumentou também que nem todos os magistrados do STF entregaram os votos revisados do julgamento. Ainda faltam quatro ministros para entregrar o voto.
Joaquim Barbosa negou ainda pedido do sócio de Marcos Valério, Ramon Hollerbach. Ele queria que o prazo para apresentação de recursos a publicação do acórdão passasse de 5 para 30 dias, em razão do número de réus do processo. Barbosa argumentou que as decisões que serão expostas no documento, embora ainda não publicadas, já é de conhecimento de todos os advogados.
As decisões de Babrosa foram tomadas no dia 20 de março e divulgadas pela assessoria do tribunal apenas nesta terça-feira (26).
Histórico
Apontado como mandante do esquema do mensalão, Dirceu foi condenado por formação de quadrilha e corrupção ativa a 10 anos e 10 meses de prisão, mais multa de R$ 676 mil.

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