Preso em MT, acusado de estuprar e matar 3 em van deve ser levado ao RJ


29/04/2013 12h41 - Atualizado em 29/04/2013 12h42

Preso em MT, acusado de estuprar e matar 3 em van deve ser levado ao RJ

Mecânico de 23 anos estava morando em Cuiabá há sete meses.
Mulheres foram mortas após pegar van conduzida por acusado, diz delegado.

Pollyana Araújo Do G1 MT
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Mecânico negou ter estuprado e matado três mulheres no RJ (Foto: Pollyana Araújo/ G1)Mecânico negou ter estuprado e matado três mulheres no
RJ (Foto: Pollyana Araújo/ G1)
O mecânico Johny Porfírio da Silva Carolino, de 23 anos, será transferido para o Rio de Janeiro ainda nesta semana após ser preso neste final de semana em Cuiabá, de acordo com a Polícia Civil de Mato Grosso. Ele é acusado de roubar, estuprar e matar três mulheres em Campos de Goytacazes (RJ), onde morava com a família, e estava na capital há sete meses. Os crimes ocorreram em 2012 e o mecânico teve a prisão decretada depois de ser denunciado pela quarta vítima que sobreviveu ao ataque.
Nesta segunda-feira (29), o acusado negou os crimes e disse ter fugido para Cuiabá na intenção de juntar dinheiro para pagar um advogado. "Vim para cá [Cuiabá] juntar um dinheiro para pagar um advogado e resolver minha vida. Mudei para fugir das acusações", declarou o mecânico que passou o final de semana detido na sede da Polinter. Ele deve ser encaminhado para a Penitenciária Central do Estado, na capital, ainda hoje.
"Por conta da repercussão que o caso teve em Campos dos Goytacazes, a polícia do Rio de Janeiro quer levá-lo ainda esta semana", afirmou o delegado Marcelo Felisbino Martins, diretor de inteligência da Polícia Civil. Segundo ele, o acusado não chegou a cometer nenhum crime de estupro e latrocínio em Mato Grosso. No entanto, é suspeito de furtar materiais da oficina mecânica onde trabalhava há dois meses no bairro Poção, região central da capital.
Ele fingia que van era de transporte coletivo"
Delegado Juliano Carvalho, sobre van usada nos crimes
A denúncia de furto foi o que motivou a prisão do acusado, já que, após o registro de queixa, a polícia começou a investigar e constatou que se tratava de um foragido, considerado de alta periculosidade pela polícia do Rio de Janeiro. "Depois das denúncias, verificamos que ele tinha passagens e estava com mandado de prisão em aberto. Então, entramos em contato com a polícia do Rio de Janeiro", explicou o coordenador do Serviço de Inteligência, delegado Juliano Carvalho.
Carvalho contou que o mecânico usava uma van do pai, que tinha uma oficina em Campos de Goytacazes, para cometer os crimes. Ele fingia se tratar de um transporte coletivo e pegava as vítimas nas ruas. Em seguida, mudava a rota e seguia para locais afastados, onde as mulheres eram mortas, todas de forma semelhantes. "Ele fazia de conta que era um transporte alternativo, mas antes escolhia as vítimas", declarou.
A última vítima, segundo o delegado, estava indo para o serviço quando pegou a van. Ele abusou sexualmente dela e a agrediu com uma barra de ferro. Nisso, ela desmaiou. "Ele pensou que ela tivesse morrido e jogou um saco de lixo em cima do corpo dela, num matagal. Só que alguém a encontrou e a levou para um hospital", disse. Depois disso, a vítima de 21 anos denunciou o fato à polícia, resultando na decretação da prisão.
O acusado disse que morava na rua, mas que, mesmo assim, já era o segundo emprego que tinha arrumado em Cuiabá. Antes de se mudar para a capital, ele tinha passado por Botucatu, interior de São Paulo. Ele também é usuário de drogas, segundo a polícia.

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