Antônio Neto critica “vícios antigos da política” e dependência dos Municípios de Brasília
“A minha geração já vai para os 30 anos,
e representa 41% do eleitorado, e o que mudou ao longo desses anos?
Nada. Presenciamos hoje os mesmos vícios da política do passado”. O
entendimento é do advogado Antônio Neto, vice-presidente do PSDB/SE, que
em entrevista a Eduardo Abril, na Rádio Capital do Agreste, de
Itabaiana, ao lado do prefeito da cidade Valmir de Francisquinho (PR),
na manhã desta segunda-feira, 12, reclamou também da dependência em que
Brasília mantém os Municípios, e cobrou dos parlamentares mais
proximidade com a população.
“A forma do poder que se concentra em
Brasília e os prefeitos ficam nas mãos dos deputados para liberação de
emendas, recursos, está errado! O povo não mora em Brasília, não mora
nos Estados, mora nos Municípios. As prefeituras não deveriam estar
reféns de Brasília. Desse jeito, o prefeito pode dar o máximo de si, mas
se não tiver recursos, acaba ficando a espera, com o pires na mão”,
criticou ele, citando ainda a queda no Fundo de Participação dos
Municípios, que tem contribuído para o estado de crise financeira em
diversas prefeituras. Em Itabaiana, por exemplo, o FPM caiu para menos
de 40%.
Para Antônio Neto, “além da mudança no
modelo político vigente, a renovação do modo de se fazer política se faz
necessário de forma indispensável, para que as próximas gerações não
sejam afetadas como somos hoje com os vícios de políticos antigos, que
acham que administrar é falar por bilhete ou emails, ou que só procuram a
população de quatro em quatro anos. Os parlamentares precisam chegar
junto ao povo, ouvir e atender, ter senso de comunidade, isso é que é
política”, defendeu ele.
Da Assessoria de Imprensa
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