STJD confirma data de julgamento do pedido de impugnação do jogo entre Náutico x Paysandu

Náutico e Paysandu se enfrentaram nos Aflitos no último dia 8. Após empate em 2 a 2 no tempo regulamentar, Timbu venceu nos pênaltis — Foto: Marlon Costa / Pernambuco Press
Náutico e Paysandu se enfrentaram nos Aflitos no último dia 8. Após empate em 2 a 2 no tempo regulamentar, Timbu venceu nos pênaltis — Foto: Marlon Costa / Pernambuco Press
O destino de Paysandu e Náutico na Série C do Brasileiro será decidido, em definitivo, a partir das 11h (de Brasília) da próxima sexta-feira, dia 20. Para este dia foi agendado, pelo Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD), o julgamento do pedido de impugnação do jogo de volta das quartas de final da Terceirona, feito pelo Paysandu.

A confirmação da data foi divulgada pelo próprio STJD no final da tarde desta segunda-feira. Ainda de acordo com o órgão, o relator sorteado para o caso foi o auditor Mauro Marcelo de Lima e Silva.

Entenda o caso

O STJD recebeu, do Paysandu, no dia 10 de setembro, o pedido de impugnação da partida contra o Náutico, pelas quartas de final da Série C do Campeonato Brasileiro. No documento, o clube do Pará destaca a marcação de um pênalti inexistente marcado pelo árbitro Leandro Pedro Vuaden a favor do adversário aos 49 minutos do segundo tempo.

O Papão detalhou ainda que o árbitro estava a metros do lance, de frente para a jogada em que participaram apenas jogadores bicolores, sem a presença de alvirrubros. No lance, Caíque Oliveira cabeceia a bola na direção do braço esquerdo do companheiro Uchôa, que estava a uma curta distância. O braço em questão estava recolhido junto ao corpo.

No entendimento do clube, o lance foi absolutamente normal, e Vuaden aplicou penalidade máxima de forma a mostrar que desconhecia o novo entendimento da Regra 12 do Jogo que fala sobre mão na bola e lista como exceção as infrações de toque “se a mão ou braço estiver perto do corpo e não faça o corpo artificialmente maior”.

Sendo assim, o Paysandu solicitou a impugnação de partida, suspendendo-se os efeitos do resultado do jogo - vencidos pelo Náutico nos pênaltis - até decisão final do STJD, a não homologação do placar pela CBF e a suspensão da semifinal entre Juventude e Náutico, agendada para os dias 15 e 22 de setembro. Na última sexta-feira o presidente do Tribunal, Paulo Salomão, atendeu a apenas parte das solicitações.

O que dizem as outras partes

Logo após o jogo Sandro Meira Ricci, ex-árbitro e atual comentarista do canal SporTV, afirmou que houve “erro gravíssimo” de Vuaden no lance e que o pênalti não deveria ter sido marcado. Na terça-feira da semana passada, em razão da repercussão, Edno Melo, presidente do Náutico minimizou o caso e opinou que o pênalti existiu.

No parecer emitido por Manoel Serapião Filho, Ouvidor de Arbitragem da CBF, ele confirma o erro de Vuaden, porém também afirma que "não se pode dizer que o árbitro ocasionou prejuízo direto a uma ou a outra equipe", já que houve um pênalti não marcado a favor do Náutico no primeiro tempo. Enquanto isso, Vuaden revelou ao GloboEsporte.com que vinha recebendo ameaças de torcedores.

Já na última sexta-feira, após o STJD ter determinado a não homologação do resultado do jogo, mas não paralisar a CBF, Edno Melo afirmou que os dirigentes do Timbu estão otimistas quanto a um desfecho favorável ao clube pernambucano.

Fonte: GloboEsporte. com — Belém, PA

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